domingo, 25 de setembro de 2011

A IMPORTÂNCIA DA AUTOESTIMA SAUDÁVEL NAS RELAÇÕES HUMANAS

A autoestima é um assunto que sempre me chamou a atenção. Por natureza, tenho facilidade em conviver com pessoas que não demonstram preconceitos de qualquer tipo, simples e de coração aberto para todos. Pessoas que estão no universo e sabem que não são o centro dele e procuram viver em comunhão com o semelhante.

Os que a mim educaram, ensinaram-me que somos todos iguais diante de Deus, e que por essa razão, devo caminhar pela vida com a certeza que não sou superior a ninguém e nem inferior. Fazendo uma autocrítica, considero que fizeram um bom trabalho. Sou grata a eles.

Sempre quis entender o que faz um ser humano se sentir superior ao outro e inferior também. Porém, o complexo de superioridade me intriga mais, pelo fato de todos termos as mesmas necessidades fisiológicas e de sermos mortais.

Sempre ligada ao assunto, procuro livros que falam sobre o mesmo. Deparei recentemente, com uma obra incrível de LUIZ ROJAS MARCOS, AUTO-ESTIMA NOSSA FORÇA INTERIOR, que contribuiu muitíssimo para eu compreender o complexo de superioridade.

Resolvi trazer para o blog algumas citações do livro e recomendo o mesmo a todos. O autor é um grande psiquiatra; um homem que estuda o comportamento humano, e não usa chavões de livro de autoajuda.

Especialmente, no Capítulo 5 O LADO OBSCURO DA AUTO-ESTIMA, o autor chama a atenção para o fato que devemos fazer uma clara distinção entre a alta autoestima saudável ou construtiva e a alta autoestima narcisista ou destrutiva. Defendendo a tese que a primeira reflete uma razoável autovalorização global positiva e que a segunda se baseia nas habilidades e nos talentos que nutrem o sentimento narcisista de superioridade, poder, domínio e supremacia sobre os outros.

Rojas, vincula a alta autoestima ao Mito grego, Narciso. Afirmando que tais indivíduos narcisistas são egocêntricos, egoístas, com tendência a se vangloriar das próprias aptidões e a tratar os demais com desprezo, como seres inferiores; são verdadeiros EGÓLATRAS que não ocultam a veneração que sentem em relação a si mesmos. Essa forma de ser costuma se apresentar durante a adolescência e normalmente persiste ao longo da vida.
Em relação aos malefícios da alta autoestima,  afirma o autor, que homens e mulheres narcisistas possuem um sentimento inflado de si próprios. São petulantes, envaidecidos, desdenhosos, Esse tipo de pessoa possui um “grande ego” que alimentam dirigindo exclusivamente afeto e admiração por si mesmas.

Literalmente, diz Rojas  “(...) ensimesmadas são incapazes de amar; tampouco sentem empatia, por isso não conseguem participar genuinamente da realidade alheia, nem entrar com apreço e compreensão no sentir dos outros. Essa qualidade natural é precisamente a que permite ás pessoas se amar, conviver e se relacionar de modo afetivo umas com as outras.”

Pois é, vamos vivendo e convivendo por aí... na vida real ou virtual mantendo a autoestima no ponto certo. Nem baixa, nem alta. Seja você e se ame, porque qualquer pessoa que precise diminuir alguém para se sentir grande, lá no fundo, se sente um nada ou é alguém que tem uma visão distorcida de si mesmo com uma alta autoestima e que é um grande infeliz, que não consegue paz consigo mesmo e vive ilhado em sua solidão, acompanhado de um ou dois capachos, pois não sabe entrosar nas comunidades que fazem parte; não sabe conviver com quem não  se verga aos seus caprichos.

Creio que se não houvesse indivíduos com tendência ao fanatismo e a endeusarem pessoas com alta autoestima, Hitler não teria entrado para a história como o maior carrasco de todos os tempos.

DIGA, NÃO, AOS NEOZISTAS! DIGA, NÃO, A TODO TIPO DE PRECONCEITO! E no seu cotidiano saiba o seu real valor, pois “aqueles que se colocam nos cumes mais altos ficam expostos a serem carbonizados pelos raios das tormentas, e aqueles que descem até os mais fundos precipícios se arriscam a desaparecer no abismo.”





 
Aos Olhos do Pai

Um comentário:

  1. Rosana,

    Certo dia, ao usar o programa que usa o telescópio espacial, eu vi um estrela brilhante. Quando fui me aproximando, aproximando, vi que de uma estrela, surgiram 4 estrelas. De uma destas 4, surgiu uma galáxia, com trilhões de estrelas, com incontáveis planetas e de outra estrela, um agrupamento de galaxias, com incontaveis estrelas e uma quantidade inimagináveis de planetas. Sem falar que existem estrelas de tão grandes, que o nosso sol é uma pequena bilha de bicicleta, diante de uma bola de basquete.

    Então pergunto: quem somos nós, perante a este infinito universo? A resposta é nada. Somos pequeninos nesta imensidão do universo infinito e que não vale a pena perder tempo mediendo a superioridade das pessoas.

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