sábado, 27 de agosto de 2011

LIDANDO COM "Is" QUE TIRAM A PAZ E O EQUILÍBRIO

   
O homem, animal que é, nasce com o instinto de autopreservação em busca de se manter vivo e impune daquilo que o desagrada. Nos nossos primeiros anos de vida, somos governados pelos instintos e impulsos. Para domar e governá-los temos os nossos educadores. Em parte, eles são responsáveis por essa tarefa. A natureza, sábia que é, fez de cada homem responsável por si mesmo, a partir do momento que pode lidar com sua intelectualidade.

O bicho homem é um ser racional para que possa avaliar as conseqüências de seus atos e administrar os fatos, por isso está livre da IGNORÂNCIA.

Se fossemos conduzidos somente pela razão, tudo seria muito simples: - se algo não me faz bem e me traz angústia, livro-me imediatamente do perigo. Entretanto, sabemos que não funciona assim, porque um homem, verdadeiramente digno de honrar essa espécie, também é emoção. E, é, a emoção que ás vezes fala mais alto em nós, o que nos conduz a agir com IMPULSIVIDADE.

Somos viajantes em uma nave louca. Chegamos sem saber o porquê e não sabemos para onde vamos depois que a viagem encerrar. Teólogos, Filósofos, Religiosos e Cientistas e também nós, conduzidos pelo senso comum, vivemos procurando respostas para essa complexa questão: _ afinal, o que estamos fazendo por aqui? Mistérios e mistérios nos rodeiam. Será que um dia teremos as respostas?

Partindo do princípio que o “homem é um ser social” ele necessitará de dominar durante o percurso sua: IMPULSIVIDADE; IRA; IGNORÂNCIA, INTOLERÂNCIA E IMPACIÊNCIA para viver em harmonia consigo e com os seus semelhantes.

Pessoas sensíveis têm dificuldade em lidar com situações limites. A ira torna-se uma companheira inseparável. Ofendido você quer logo revidar, se te magoaram você quer logo dar o troco; você se acha com a razão em algo, quer logo provar que está certo. É a emoção falando mais alto e transformando-nos novamente em crianças birrentas que vivem em um estado de INTOLERÂNCIA.

Como há aqueles, que são agraciados ou mais bem preparados para lidar com seu lado instintivo, passei a observar pessoas que admiro tanto no real, quanto no virtual e comecei a trabalhar em mim o que passei a chamar de “Is” que tiram a paz e o equilíbrio. A IRA hoje ficou para trás, quando alguém grita comigo, falo o mais baixo o possível, Quando agredida com palavras domino o meu impulso de respondê-las. A impulsividade não traz benefício algum. No geral você se arrependerá depois, chorará no seu canto e será atormentado por sua consciência. O homem da paz, Gandhi, já dizia: “olho por olho e o mundo acabará cego.”

Domino os “Is”, hoje, fazendo algo que me traz tranqüilidade e prazer: rezo, leio um salmo na Bíblia, leio algo que me interessa, caminho por lugares belos, com muito verde, ouço uma música que me alegra e principalmente me aconchego nos braços dos que me amam. Tempo para refletir, é o que me dou agora.

É tudo simples, assim? Claro, que não! Funciona como uma guerra contra qualquer coisa negativa é um desafio diário. Já tive algumas recaídas, mas nunca fico no chão, porque sou imagem e semelhança de Deus e caminho de pé com coragem.

Não posso deixar de falar do meu aliado forte: DEUS! O que impossível para eu resolver, para ele é pouco, quase nada, então entrego em suas mãos aquilo que já fiz a minha parte, e não ficou resolvido, e me tranqüilizo, pois acredito que o Evangelho nos convida a isso, nada de acomodação: “faça a sua parte que eu te ajudarei.

Por hora, meu trabalho com os “Is” tem indo muito bem, mas não hesitarei em pedir ajuda a profissionais se necessário ou recorrer aos amigos se preciso for. (como leiga, através de estudo, aprendi que há os ultrasensíveis que só conseguem equilíbrio com ajuda de medicamentos e terapia). Estou colhendo os benefícios estando cada vez mais tranqüila comigo mesma.

Deixo minha emoção à flor da pele para aquilo que é positivo. Tenho que ter compaixão do irmão que passa fome, da criança que está exposta a degradação, deixo-me atingir por tudo que me faz ficar mais próxima dos meus irmãos e daqueles que amo.

Viver é emocionar-se, como bem disse Portinari! Entretanto, viver também é usar a razão que a natureza divina nos agraciou, para sermos inteiramente humanos.

Um comentário:

  1. Viver é emocionar-se... Lindo, mas às vezes precisamos ser razão, é difícil, mas precisamos tentar. Falo de cadeira, pq sou mais emoção que razão e acabo sofrendo muito. Bjos de Luz.♥

    ResponderExcluir